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Buraco negro girando em torno da Via Láctea intriga cientistas

Para os pesquisadores responsáveis, ao contrário dos modelos de formação de buracos negros ocorrendo após explosões de supernovas, o fenômeno em questão deve ter recebido um “chute” durante a explosão que o originou.

Eles consideram improvável que esse desalinhamento tenha surgido em um estágio posterior, já que “o acúmulo de material entre dois corpos de um sistema binário e as forças gravitacionais entre eles sempre aproximam os eixos”.

Um artigo científico publicado na edição desta quinta-feira (24) da revista Science descreve uma descoberta intrigante na Via Láctea. Um buraco negro inclinado, girando em torno de um eixo desalinhado, e que desafia qualquer teoria da formação de buracos negros, foi identificado por cientistas da Finlândia.

Segundo o estudo, ele forma um sistema com sua estrela denominado MAXI J1820+070, que fica a cerca de 10 mil anos-luz de distância da Terra. O sistema foi detectado pela primeira vez pelo Observatório de Raios-X Chandra da Nasa em 2018.

No entanto, novas observações feitas com o Telescópio Óptico Nórdico das Ilhas Canárias trouxeram algo novo sobre isso: o comportamento fora do comum de MAXI J1820+070.

Ao analisar a orientação dos jatos de matéria ionizada emitidos dos polos do buraco negro, Juri Poutanen, astrônomo da Universidade de Turku, na Finlândia, descobriu que ele gira em torno de um eixo que é inclinado a pelo menos 40 graus em direção ao plano em que o orbita sua estrela companheira. Segundo Poutanen, esse é o maior desalinhamento já relatado.

O esperado por modelos teóricos é que sistemas binários, como buracos negros orbitados por estrelas das quais sugam material, girem em torno de eixos alinhados que são perpendiculares ao seu plano orbital compartilhado.

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