Não é segredo que o tecido empresarial do Google é tão intrincado quanto um emaranhado de cabos de fibra óptica, mas parece que o CEO da gigante da tecnologia está pronto para “desembaraçar” um pouco as coisas. Com a sagacidade que o caracteriza, o líder da empresa trouxe a público um recado otimizado e direto, à imagem de um algoritmo preciso: mais cortes de empregos são inevitáveis no ano vindouro para alcançar as “metas ambiciosas” que se avizinham no horizonte estratégico.
Ao analisarmos essa declaração, não podemos deixar de imaginar essa “limpeza digital”, não com o retumbar de teclas de um teclado qualquer, mas com batidas ponderadas numa tela sensível ao toque que desenha o futuro. O CEO expõe que a eficiência e a inovação serão os pilares que exigem uma equipe mais enxuta, onde até os bytes têm que justificar seu lugar na memória corporativa.
Para os insiders da indústria, esta notícia vem com o leve sorriso cínico do déjà-vu. Já vimos esses plot twists em temporadas anteriores do show tecnológico onde as audiências, leia-se os trabalhadores, somos nós. Com uma economia de palavras digna de um tweet modelar, o comandante-em-chefe do Google alinhou as expectativas: a busca por produtividade e inovação não se compadece com redundâncias e, aparentemente, nem todos os empregos atuais estão fazendo jus à missão da empresa de “organizar as informações do mundo”.
Conjecturas à parte, o certo é que o Google, com seu ilustre CEO, parece apostar numa “streamline” de talentos que, ainda que pareça apresentar uma tela de carregamento permanente, promete render um serviço mais rápido, mais limpo e, quem sabe, mais inteligente.
Fica a lição: no vasto ciberespaço do emprego, a única constante é o algoritmo das mudanças. E neste jogo, nem todos os cookies serão salvos.